segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Perdição

A perdição.

A doce arte de se perder em desespero.
O brilho da sua beleza rasga tecidos de veludo negro.

A perdição.

Baixar os braços e entregar-me ao destino.
O seu preço destroça os corpos mais luxuosos.

Só perdição.

Saborear a morte e a solidão que ela carrega.
O seu fardo verga as costas do tempo.

Só perdição.

Morrer de leve sorriso nos lábios e amar a dor que atormenta a alma.
A sua imagem não se desenha para todos.

Perdição...

a decadente loucura consentida.
O amor...