domingo, 30 de janeiro de 2005

poema I

Mundo sem Côr

Criei um mundo onde as palavras
são a razão e onde o real é a ilusão,
criei um mundo de vasta solidão,
onde apenas sou escrava dos Escravos da Solidão.

Viajo no meu mundo onde
nada há para tocar, viajo apenas
para nele poder acreditar,
que um dia o poderei matar.

Nuvens pintadas com palavras.
Mar incolor, terra com dor,
a lua meu protector das
sombras sem cor.

Este é o meu mundo.
Este é o meu refúgio.
É tudo e nada é, é apenas
um mundo sem cor.