terça-feira, 1 de março de 2005

Eterna e Desoladora

Sopram-se as velas... beijam-se os corpos gelados e eternos.
O cheiro intenso da vida a fugir pelas mãos vazias,
outrora flamejantes carícias apaziguadoras. Está escuro!
Mas todo o meu corpo consegue ver-te.
Estás longe! Mas todo o meu corpo consegue tocar-te.
Sente-se a respiração apertar...
E assim a noite passa...fria. Longa e fria...
passa como se nunca passasse.
Eterna e desoladora ela conforta-me como se sua criança eu fosse...
Conforta-me com a solidão.