sábado, 28 de abril de 2007

Tenho memórias, tantas memórias

entrelaçadas

em círculos de arame farpado.

Se por vezes me trespassam

suspendo a respiração

de mansinho

num sorriso arranhado

e deixo magoar .

á deriva

O meu mundo ruiu
Como um tecto de um templo qualquer
Que desaba sobre os sonhos
Dos que acreditam cegamente

Entreguei-me à estupidez das ilusões
Inebriei-me nelas
E agora deparo-me com a realidade cruel
De ser aquilo que sempre repudiei

Sinto-me à deriva
Percorrendo lugares que não existem
Enterro-me cada vez mais na treva da apatia
Imune ao consolo dos transeuntes

Sinto-me a morrer

Sinto-me a morrer..