terça-feira, 29 de março de 2005


sê tu mesmo! Posted by Hello

Só permitida a maiores de 95 anos com autorização dos avòs

Uma moça e o seu namorado vão a um Bar. Quando chegou a vez dela pedir uma rodada,
ela diz ao seu namorado que tinha ouvido falar de uma bebida excelente e que ele deviaexperimentar.
A moça pede uma cerveja para ela,
e para o namorado pede um copo de Baileys (licor de creme de leite) e outro com suco de limão.

Depois diz ao namorado:
Beba o Bailey"s e guarde dentro da boca,depois beba o suco de limão e ente ficar com a mistura na boca o maior tempo possível.
O rapaz faz o que a namorada diz.
Primeiro o BAILEYs, causando uma agradável sensação de calor, de
doçura, textura cremosa e uma boa impressão. Em seguida toma o suco de limão.
Depois de 3 segundos, a cara do namorado fica com a cor do suco de
limão.

O gosto é simplesmente horrível ! Depois de 6 segundos, o rapaz hesita entre vomitar ou engolir a bebida.
Decide engolir.
Puto da vida, ele pergunta como se chama esse raio de drink.
Ela diz-lhe ao ouvido :

Chama-se "A VINGANÇA DO BR**CHE"

Hoje sinto em mim a estranheza..

O mistério do meu ser!
Sinto-me vazia.. Perdida!
Existe o espanto de certas reacções..
E a desilusão de certos acontecimentos!
Existem lágrimas que sufocam o meu coração,
mas que não se atrevem a percorrer
meu rosto pálido e triste!
Mora hoje em meu ser a incógnita..
Algo abstracto.. Irreal!
Uma dor.. Um remorso inexplicável.
Deixem-me com a minha mágoa
a curtir o silêncio da nostalgia
Deixem-me ficar com a minha dor..
Deixem o meu ser abandonado
à indiferença.. Às trevas!
Deixem passar esta tristeza..
Deixem as recordações me matarem de saudade!
Deixem a vida passar..
Mas não me levem o meu amor.

segunda-feira, 28 de março de 2005

Humpft..

Guia Vital:

Sentimento ou Razão?
Complementares ou Antagónicos?

O maior mistério do homem está em retirar da cabeça o que persiste no coração.
A verdadeira esperança é veloz e voa com asas ligeiras...
De reis faz deuses e de seres ínfimos faz reis...

stay alone Posted by Hello

quarta-feira, 23 de março de 2005

O som do meu sonho..

Espelho meu, diz-me, quem é que
consegue viver neste mundo silencioso e cheio de solidão?
Olho para o espelho e vejo umas olheiras
profundas debaixo de uns olhos tristes e cansados,
procuro aquela menina sentada ao piano a estudar a sua lição
e a ver a sua cara reflectida num piano já velho,
mas bastante útil a partir do momento que entrou naquela pequena sala de aula de música..
Procuro em vão os sonhos perdidos, volto a olhar o espelho
com a certeza de que a menina sonhadora
tornou-se numa recordação triste e saudosa..
As minhas mãos.. Anseiam por andar e passear, dou por mim
a vê-las dançar por cima de uma mesa dum velho bar esquecido,
as minhas mãos pedem um piano,
mas um piano mágico que produza um som mágico..
O som do meu sonho..

Primavera Posted by Hello

segunda-feira, 21 de março de 2005

Pois..

O arrependimento é a autocrítica
e a zanga, intensas e profundas,
de quem não pode recuar
nem reparar danos que cometeu
e que mancharam irremediavelmente
a sua auto-imagem.

Nem sempre a aparência ajuda =)

Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:

- Que petulância, se chamar de flor! Veja sua pele áspera
e a minha, lisa e sedosa. Veja seu cheiro desagradável
e meu perfume, sensual e envolvente. Veja seu corpo grosseiro
e o meu, delgado e elegante... Eu, sim, sou uma flor!!!

E a couve-flor respondeu:

- É... mas ninguém te come...

domingo, 20 de março de 2005

Poema V

-
-
Vendeu-se o mundo.
O sonho já não move as águas.
A chuva já não cai no mesmo chão.
As cores são de plástico e os cheiros morreram.
-
Derrubou-se o rei!
-
A rainha soltou as rédeas ao cavalo e partiu.
Os charcos secaram e as montanhas sucumbiram.
Vendeu-se o mundo.
O encantador de cavalos já não sonha.
Domaram-se as éguas e os pastos secaram.
-
O sorriso já não mora nos rostos secos das gentes.
Os filhos viajaram para longe.
Levam os netos. Sem estratégia.
O bispo já não está só.
A torre em horizonte desmorona-se.
Babel, vendeu-se o mundo.
A tua torre. É de pedra.
Mas também cai.
-
O mundo caiu. Sucumbiu.
O frenesim dos vapores, asilações das grandes cidadelas.
O Taj Mahal. Paris.
Metropolitanos parados.
-
E um sangue de saliva e raiva que adormece.
A inconstância insalumbre do
comércio de almas e cantos. Prantos.
Vendeu-se o mundo.
A preço de amigo.
Postigo, falange, carne de horrores.
-
-
Vendeu-se o mundo, Meus Senhores!
E o tabuleiro ficou vazio..

Smart

Nem toda a gente ,
nem toda a gente sabe,
nem toda a gente brilha,
por isso é que existem mais mosquitos que pirilampos.

segunda-feira, 14 de março de 2005


water Posted by Hello

domingo, 13 de março de 2005

Carta escrita no ano 2070


Ano 2070 acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém
de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água.
Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas
nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito
diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos
jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de
uma hora.


Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes
todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora
devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água
. Antes o meu pai
lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos
não acreditam que a agua se utilizava dessa forma. Recordo que havia
muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes
ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar.


Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão
irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de
água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por
pessoa adulta.
Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta
grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços
sépticos (foças) como no século passado porque as redes de esgotos
não se usam por falta de água.


A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados
pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios
ultravioletas que já não tem a capa de ozono que os filtrava na
atmosfera, imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por
todos os lados
. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele
e das vias urinárias são as principais causas de morte.


A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas
dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com
água potável em vez de salário
.


Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A
comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20
anos está como se tivesse 40. Os científicos investigam, mas não há
solução possível. Não se pode fabricar agua, o oxigénio também está
degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente
intelectual das novas gerações.


Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos,
como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e
deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos. 137 m3
por dia por habitante e adulto. A gente que não pode pagar é
retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos
pulmões mecânicos que funcional com energia solar, não são de boa
qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.


Em alguns países ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio
que é fortemente vigiado pelo exército, a água voltou-se um tesouro
muito cobiçado mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui em troca, no
há arvores porque quase nunca chove, e quando chega a registar-se
uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano têm sido
severamente transformadas pelas provas atómicas e da indústria
contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio
ambiente e ninguém fez caso
. Quando a minha filha me pede que lhe
fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe
falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder
pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o
saudável que era a gente. Ela pergunta-me:
Papá! Porque se acabou a agua? Então, sinto um nó na garganta; não
posso de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que terminou
destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomámos em conta
tantos avisos.
Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que
a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco porque a
destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.


Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade
compreendera isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao
nosso planeta terra!


Documento extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos"
de Abril de 2002.

sexta-feira, 11 de março de 2005

Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade


Jorge Fernando

quinta-feira, 10 de março de 2005


Viste bem? está de "pernas po ar", reparaste?! Posted by Hello

Mensagem..

Existem duas coisas que impedem uma pessoa de realizar os seus sonhos:

Achar que eles são impossíveis, ou, através de uma súbita reviravolta na roda do destino, vê-los transformar-se em algo possível quando menos se espera.
Pois nesse momento surge o medo de um caminho que não se sabe onde vai dar, de uma vida com desafios desconhecidos, da possibilidade que as coisas com que estamos acostumados desapareçam para sempre..



Espero que todos os teus sonhos se realizem e que tenhas o atrvimento de sonhar cada vez mais!

"Vê mais longe a gaivota que voa mais alto!"

A todos os leitores deste Blog

domingo, 6 de março de 2005

Um sopro nostálgico

O silêncio..
O tempo passa e.. Não existe..

Fica o silêncio.. E a ausência..
A saudade.. Uma luz que se apaga..

E permanece.. O medo de perder aquilo que..
Nunca me pertenceu..

A mágoa.. Ao anoitecer..
O silêncio.. A saudade..

Não te tenho..

sábado, 5 de março de 2005


very important, in the world ;) Posted by Hello

Amor Vs Luxúria

"- Sabes o que é amar?
- Amar? É dar, dar, dar e mesmo assim, querer dar ainda mais, sem esperar retribuição.
- E o que é a luxúria?
- É tirar, tirar, consumir, devorar... Até não sobrar mais nada, e partir para novo capricho.
- Nesse caso, que sentes por mim?
Amor ou Luxúria?"

quinta-feira, 3 de março de 2005

O espelho de mim mesmo

«Saberiam os aspirantes a escritores
que não alcançar o que queremos é,
no melhor dos casos, o nosso amargo triunfo

- - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - -

"Sempre vivi rodeado de fantasmas numa casa antiga
que era como que o espectro de si mesma,
desde o portão flanqueado por ananases de pedra
à mala dos ossos de Anatomia, que a aguardava,
arrecadada, a minha vez de a estudar,
num perfume doce do incenso e de gangrena."

- - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - -

"Lembra-se da PIDE em África, meu capitão,
dos quarteizinhos deles, parecidos com bunkers,
encostados às sanzalas, dos agentes deles que vinham
às vezes à messe, de arma à cintura, tomar café connosco?"

- - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - -

A avó que amara muito e cuja recordação o enternecia ainda:
quando se achava mais em baixo ia a sua casa,
entrava na sala, informava sem vergonha: - Venho aqui para me fazer festas.
E pousava-lhe a cabeça no colo para que os dedos dela,
ao tocarem-lhe na nuca, lhe apaziguassem as raivas
sem motivo e o desejo sôfrego de ternura"

- - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - - - - -

"E em cima do cavalo havia eu a passo, a trote
e a galope com o meu avô a gritar
- Endireita-te
a gritar desgostoso
- Não sejas maricas endireita-te"

- - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - - -- -- -- - - - - - - - - - - - -

«Eu hei de amar uma pedra»

António Lobo Antunes

11 spirals of witnessing:
in buildings near site saw planes hit,
saw jumpers, saw buildings collapse,
ran for life, heard screams, lost homes,
lost lives, lost love, lost it. Posted by Hello

=) Posted by Hello

quarta-feira, 2 de março de 2005

Poema IV

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade.

Sem prazo
Sem consulta
Sem provocação

até ao limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o acto sem continuação, o acto em si,
o acto que não ousamos nem sabemos ousar.

Porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivencia em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso,
voz modulando sílabas, mãos gesticulando palavras..


P.S. A ti Sofia (kituxinha)
Sinto-me feliz por já não ter família.
-
-
-
Abstenho-me, assim, da obrigação
que inevitavelmente [pela lógica] teria
de ter que amar alguém..

Walk alone.. Posted by Hello

Sopro dos Ventos

Sopram os ventos negros,
quais suspiros da minha alma.
O som da aragem que os transporta forma breves melodias de solidão...

terça-feira, 1 de março de 2005

Eterna e Desoladora

Sopram-se as velas... beijam-se os corpos gelados e eternos.
O cheiro intenso da vida a fugir pelas mãos vazias,
outrora flamejantes carícias apaziguadoras. Está escuro!
Mas todo o meu corpo consegue ver-te.
Estás longe! Mas todo o meu corpo consegue tocar-te.
Sente-se a respiração apertar...
E assim a noite passa...fria. Longa e fria...
passa como se nunca passasse.
Eterna e desoladora ela conforta-me como se sua criança eu fosse...
Conforta-me com a solidão.